quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Medula Óssea

Um gesto simples pode fazer toda a diferença e salvar uma vida. A chance de se encontrar uma medula compatível é de uma em 100 mil. Por isso, quanto maior for o número de brasileiros cadastrados nacionalmente, maiores são as chances de sobrevivência daqueles têm leucemia.


Algumas circunstâncias nos fazem perceber a fragilidade da vida. Nestas ocasiões aprendemos a lidar com o diferente e nos tornamos parte importante em lutas que dependem muito de gestos simples de solidariedade. Foi em um desses momentos que o deputado federal Beto Albuquerque passou a ter uma nova luta: incentivar os brasileiros a serem doadores de medula óssea. Pietro, filho de Beto, teve leucemia aos 18 anos. Ao vivenciar esta realidade diferente e difícil, o pai Beto resolveu tornar a sua luta pessoal em uma luta de todos nós.

Ao conhecer as dificuldades de quem enfrenta a leucemia e depende do transplante para a cura, Beto propôs o projeto de lei (PL) nº 4.383/08. O PL cria a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, que acontece anualmente entre os dias 14 e 21 de dezembro. Projeto aprovado, mais uma oportunidade nos é dada. Não podemos mais deixar que vidas sejam perdidas por falta de informação.

Além do PL, Beto pediu mais investimentos do governo federal na ampliação da capacidade de realização do exame de histocompatibilidade (HLA). Assim, laboratórios não públicos poderão colher amostras de sangue para o Cadastro Nacional de Doadores. O deputado quer, também, que os hemocentros de laboratórios que ofereçam o teste.

Mais uma vez, Beto Albuquerque transformou a sua realidade e a sua vivência em algo maior, transpondo barreiras e fazendo da sua luta, uma luta universal baseada em valores como solidariedade e generosidade.

O que é
A leucemia é uma doença que diminui a produção de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos (responsável pela defesa do organismo) e a produção de plaquetas. Como resultado, surge a anemia, o cansaço fácil, a sonolência, manchas roxas, pequenos pontos vermelhos sob a pele e sangramentos prolongados em pequenos ferimentos.

Hoje, surgem no Brasil cerca de 10 mil casos por ano. Destes, 900 acontecem no Rio Grande do Sul. Na maioria das ocasiões, há sérias dificuldades para encontrar doador na família ou mesmo dentro do país. Por isso é muito importante que seja cadastrado o maior número possível de doadores.

Doação
Para se tornar candidato a doador, basta retirar uma pequena quantidade de sangue (10 ml) e preencher uma ficha com informações pessoais. O sangue passará por exame de histocompatibilidade (teste de laboratório para identificar características genéticas que possam influenciar no transplante). O tipo de HLA será incluído em um cadastro nacional e quando aparecer um paciente, a compatibilidade será verificada.

Para se cadastrar como candidato à doação é preciso ter entre 18 e 55 anos, boa saúde e não apresentar doenças infecciosas ou hematológicas. A pessoa deve apresentar documento oficial de identidade com foto e preencher o formulário de cadastramento. Todas as informações e esclarecimentos são dados ao possível doador.

Antes da doação, o doador faz um exame clínico para confirmar o seu bom estado de saúde. Não há mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. A doação é simples: é feita por meio de uma pequena cirurgia, de aproximadamente 90 minutos, em que são realizadas múltiplas punções nos ossos posteriores da bacia e é aspirada a medula. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à saúde do doador e pode ser a única chance da pessoa que receberá a medula.

Para a realização do transplante é necessário que haja total compatibilidade entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. As chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (do mesmo pai e da mesma mãe) são de 35%. Em outros casos, a chance é de um para 100 mil. O número de doadores vem crescendo. Mas ainda é insuficiente para atender à demanda de pacientes cuja vida depende do transplante.

Parece simples, mas é um processo muito difícil. Por isso, quanto maior for o número de brasileiros cadastrados, maiores são as chances de sobrevivência daqueles têm leucemia. Um gesto simples pode fazer toda a diferença e salvar uma vida. Beto acredita na solidariedade de cada um. Faça você, também, a sua parte. Seja um doador de medula óssea.

Mais uma vez, Beto Albuquerque transformou a sua realidade e a sua vivência em algo maior, transpondo barreiras e fazendo da sua luta, uma luta universal baseada em valores como solidariedade e generosidade.


Saiba mais. Acesse o site da Lei Pietro


PASSO-A-PASSO DO CADASTRO
Requisitos

Ter entre 18 e 55 anos de idade e estar em bom estado de saúde


Para se cadastrar
Levar documento de identidade e preencher o formulário


A coleta
É colhido 10 ml de sangue para o teste de compatibilidade (HLA)


Banco de Dados
Os dados, juntamente com o resultado do exame HLA, serão incluídos em um banco de dados, chamado Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea)


Compatibilidade
Quando aparecer um paciente, a compatibilidade será verificada com o possível doador que fará um exame clínico para confirmar o bom estado de saúde. Não há exigências quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação.


A confirmação
Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.


Vida Nova
O procedimento de doação é muito simples, sem transtornos para quem doa, mas uma atitude que para o doente será a diferença entre a vida e a morte.


ONDE SE CADASTRAR NO RIO GRANDE DO SUL
Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Rua São Manoel, 543 – 2º andar – Bairro Santa Cecília/Porto Alegre

Informações: (51) 3359-8504



HEMORGS – Hemocentro RS

Av. Bento Gonçalves, 3722 – Bairro Partenon/Porto Alegre

Informações: (51) 3336-2843



Complexo da Santa Casa – Hospital Dom Vicente Scherer

Av. Independência, 155 – 7º andar – Bairro Centro/Porto Alegre

Informações: (51) 3214-8670



Hemocentro de Alegrete

Rua General Sampaio, 10 – Bairro Canudos/Alegrete

Informações: (55) 3426-4127



Hemocentro de Caxias do Sul

Rua Ernesto Alves, 2260 – Bairro Centro/Caxias do Sul

Informações: (54) 3214-2223



Hemocentro de Cruz Alta

Rua Barão do Rio Branco, 1445 – Bairro Centro/Cruz Alta

Informações: (55) 3326-3168



Hemocentro de Passo Fundo

Av. 7 de Setembro, 1055 – Bairro Centro/Passo Fundo

Informações: (54) 3317-2185 ou (54) 3311-5555



Hemocentro de Pelotas

Av. Bento Gonçalves, 4569 – Bairro Centro/Pelotas

Informações: (53) 3222-3002



Hemocentro de Santa Rosa

Rua Boa Vista, 401 – Bairro Centro/Santa Rosa

Informações: (55) 3513-0612



Hemocentro de Palmeira das Missões

Av. Nassib Nassif, 381 – Loteamento Cezar/ Palmeira das Missões

Informações: (55) 3742-5676



Hemocentro de Santa Maria

Rua Alameda Santiago do Chile, 35 – Bairro Nossa Senhora de Lurdes/Santa Maria

Informações: (55) 3221-5262

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